Meu momento

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Minha visão sobre minha vida




Bom...
Deixa eu me apresentar, até mesmo pra que as pessoas que, por acaso venham a ler os meus textos, me conheçam um pouco e saibam o porquê deste blog.

Já vim de uma família de pais separados. Minha educação sempre foi de ser independente, até mesmo porque, minha mãe sempre foi assim.

Sempre me considerei bem resolvida na minha vida. Tive comigo que tinha duas opções: ou me lamentava pelo resto da minha vida a falta e ausência do meu pai, ou vivia minha vida como ela era. E claro, fiquei com a segunda opção.

Nunca fui muito namoradeira, apesar de ter tido alguns namorados. Uns ficaram na memória e outros realmente preferi esquecer. Mas quando conheci meu ex (namorado na época e marido-status atual...rs), muitas coisas mudaram. Muitas mesmo!! Comecei a ver a vida de uma forma diferente, apesar de continuar me achando a "bem-resolvida".

Ele era uma pessoa totalmente diferente de todas. Tinha uma alegria, uma voz doce, uma palavra amiga, uma inteligência fora do comum, além de ter idéias um tanto quanto "moderninhas" pra mim, mas achava legal. Até mesmo porque, não tem aquele ditado de que os opostos se atraem??

Pense em duas pessoas totalmente difentes mas que ao mesmo tempo com pensamentos de vida e de futuro tão parecidos...

Lembro direitinho até hoje de quando ele me disse "Eu te amo" pela primeira vez. Tínhamos pouco mais de 3 meses de namoro. Confesso que, naquela hora, fiquei travada, mas estava no meu destino.

Nos casamos com 1 ano de namoro, quando descobrimos que estávamos "grávidos". Parecia um sonho lindo, mas ao mesmo tempo assustador. Tinha 24 anos e ele, 29. Já não éramos mais duas crianças inconsequêntes.

Os 2 primeiros anos de casamento foram muito sofridos. Pouca grana, muito trabalho, Pouca grana, muito trabalho, Pouca grana, muito trabalho, mas sabíamos que um podia contar com o outro e era pra ser assim. Quanto mais difícil a batalha, melhor é o prazer da vitória. E também porque sabíamos que nada podia dar errado, pois já não éramos mais só eu e ele, agora tinha nosso menininho...

Ufa!!! Compramos nosso tão sonhado cantinho... Parecia o ponta-pé inicial das nossas vidas. Passaram-se mais alguns meses, fomos surpreendidos com uma transferência. Não podia ter vindo em pior hora, mas a gente não escolhe quando ser promovido. Sem contar que a distância não era o problema. Era pertinho e poderíamos no revesar aos finais de semana.

Isso, teoricamente... Não há nada pior que estar casada e não estar ao mesmo tempo. Tínhamos o status de casado, mas morando em casas diferente.

Eu sozinha com nosso menino aqui, passando por todas as dificuldades aqui, mas uma coisa era certa: EU TINHA COM QUEM CONTAR!!

Sabia que tinha uma pessoa que chegaria e me daria um abraço, teria um olhar diferente, uma mão estendida... Mas a questão é que, quando se mora sozinho, criamos hábitos, rotinas que não incluem mais ninguém. Vivíamos 7 dias da semana em apenas 24 horas. Nós brigávamos, conversámos, nos amávamos com uma intensidade muito grande.

Por fim, estava cansada disso. Eu precisava da minha família unida.

E passado mais 2 anos desse jeito, surgiu uma oportunidade disso acontecer.
Pra mim parecia um sonho. Eu, meu marido lindo que tanto amava e meu filhote, tudo junto, debaixo do mesmo teto.

Como eu disse, parecia um sonho que se tornaria um grande pesadelo.

Minha vida mudou em torno de 18 meses (Isso mesmo!! 1 ano e meio).

O começo foi difícil, tanto pra ele quanto pra mim. Como eu disse, quando se mora sozinho, criamos hábitos muito particulares. Era uma camisa na sala, um fio do Vídeo Game espalhado, o sapato que não vai sozinho para o quarto, uma louça suja, um banheiro molhado, uma tampa do vaso levantada (essa é histórica...rs). Sem contar que ainda estava passando pela minha fase de adaptação na nova cidade e no novo emprego.

Quantas vezes eu chorava sozinha por não querer estar ali naquela cidade e naquele emprego... Mas quando olhava pra ele, olhava pra nossa família, olhava pra mim, aquela era a vida que havia pedido à Deus. O amor dele me sustentava, me dava forças, me animava a continuar. Ele até que algumas vezes me viu chorar, mas como era coisas de trabalho, estresse, cidade, sempre dizia que não era nada... que era apenas um momento meu! E eu achava que ele entendia, pois não era nada com ele... Aliás, tudo que estava passando, excluía ele!

Quando nosso menino fez 4 anos e meio, decidimos que já estava na hora de darmos um irmãozinho pra ele. E achei que realmente estava mesmo!! Ele sempre falava das vantagens de se ter um irmão (ele tem uma irmã mais velha). Mas como sou filha única e sempre achei isso um saco, concordei.

Parei de tomar o remédio em Maio/2007 e em Junho/2007 já estava grávida. Pense no susto que levamos!!! Foi tudo muito rápido, mas se estava lá, era a vontade de Deus.

Alguma coisa nesse período mudou no nosso casamento, mas achei que era aquele momento do qual estávamos vivendo. Novo filho, novos móveis, novas adaptações... Até dentro de mim, muito coisa estava mudando, mas conversando com outras mães, me parecia normal.

Nos afastamos um pouco durante os 9 meses de gravidez!! Confesso que sou a grávida mais chata do mundo...kkkkk
Não tenho nada, nenhum tipo de problema decorrente da gravidez, mas tudo é ruim, tudo é chato, não tenho vontade de sair, não tenho vontade de ficar em casa... É... Essa daí sou eu!!! Mas como já tínhamos passado por isso, era a coisa mais natural do mundo.

Até que chegou o dia do nascimento do nosso 2º filhote, mais um menininho que estava vindo por aí, e junto com ele, a esperança da renovação, novos sonhos, novos projetos, novos sonhos...
Como estava em outra cidade, minha mãe foi me ajudar naquele período que todos os casais que possuem filhos sabem...

Em um determinado momento, nosso menino estava com pouco mais de 1 mês, extamente dia 25/05/07 (sexta-feira - lembro direitinho...), pós feriado, ele foi trabalhar e me ligou falando que ia sair com os amigos do trabalho. Pra mim era a coisa mais normal do mundo, e aliás, pra quem estava ainda no resguardo, queria mais era descansar mesmo.

Só que neste dia, acordei por volta de 2 h da manhã e ainda não havia chegado!! Achei estranho, liguei no celular, e disse que já estava indo embora. Pensei que merecia pelo menos um pedido de desculpas, afinal estava em casa cuidando da nossa família enquanto ele estava se divertindo. E não houve isso, apenas o silêncio.

Ficamos sem nos falar direito pelas próximas 2 semanas. Falei que deveria haver um pedido de desculpas e a única resposta que tinha era: "Pedimos desculpas quando estamos errados, e neste caso não há nada errado e não fiz nada errado." Falar o quê??

Como estava chegando o dia dos namorados, mesmo apesar de não estar totalmente bem com ele, resolvi fazer uma surpresa... Nosso maior sonho era trocar as nossas alianças. Lá fui eu na correria comprar novas alianças. Porém, ele viajou a trabaho naquela semana, mas como seu aniversário era no final-de-semana seguinte, falei pra ele que entregaria no dia do seu aniversário.

Chegou o dia... Não nos falamos muito, até mesmo porque ainda estava ressentida com ele! Minha mãe estava indo embora naquele dia e aproveitaria o momento "enfim sós" pra conversar, dar os parabéns pelo aniversário e as nossas novas alianças.

Pra minha surpresa, no dia 16/06, às 19 h, ele me chama no quarto e apenas diz:"Acho melhor a gente dar um tempo no nosso casamento..."

Meu chão se abriu... Como assim? É uma pegadinha? Tá de brincadeira? Não é sério isso? Peraí... acabei de ganhar neném... O que vou fazer da minha vida? O que está acotecendo? Cadê minha mãe que já foi embora? Cadê minha família? Ah, não... eu não sou daqui... cidade estranha, pessoas estranhas, sem amigos... Quem vai cuidar de mim? Quam vai cuidar dos meus filhos? Quero morrer!!! Quero chorar!! Quero gritar!!!

E a partir deste dia, minha vida nunca mais foi a mesma! Procuro resposta para o que aconteceu sem saber se um dia vou achá-las. Se fosse só os sonhos, os planos seria fácil de resolver, mas a questão está no sentimento. Como deixar de amar a pessoa que escolhi no meio de milhares de outras pessoas pra passar o resto dos meus dias?? E o pior, é que o sofrimento que eu passo hoje e que vejo os meus filhos passarem, não foi uma opção minha e nem deles. Não tive chance de reação, não me pediram opinião e nem o que eu achava, apenas que parei, ouvi e aceitei...





Esta aí sou eu com meus meninos 6 meses após o ocorrido... Lindos, não??

1 Cométários que me fizeram feliz!:

Adrianna Pernet Biral disse...

Querida nova amiga linda, me emocionei com seu desabafo... Também tenho 2 coisas lindas na minha vida: 2 meninas! E posso imaginar seu sofrimento, sua desagrdável surpresa... Depois de muito refletir, só tenho uma coisa a te dizer: SE ELE NÃO TE AMA, ELE NÃO TE MERECE. Vc é muito pra ele e ele, tão pequeno, não conseguiu segurar. Segue tua vida que o melhor estar por vir! Bjo grande!

 
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