Meu momento

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Viver o luto é preciso!




Sábado, dia 05/07, foi meu aniversário.

Passei o dia planejando o que faria e não consegui fazer exatamente nada! Fui trabalhar (sem necessidade), fui no centro da cidade acompanhar minha mãe (sem necessidade), fui dar uma volta no shopping (sem necessidade), mas tudo pra ver se mantinha a mente ocupada.

Vi nos olhinhos do meu filho mais velho a decepção por não poder me dar um presente. E é nessas horas que me revolto. Fico pensando em quanta coisa eu perdi e eles vão perder. Sabe aquela coisa de família, do pai sair com o filho pra comprar um presentinho pra mamãe e vice-versa??

Mas pra aliviar a cabecinha dele, pedi que escolhesse alguma coisa na loja em que a mamãe ficasse bem bonita. Ele escolheu um brinco! Pense em um sorriso que era a coisa mais aliviante e tranquilizadora do mundo. E isso, não há dinheiro ou sofrimento que pague.

Mas foi chegando em casa que percebi que o sofrimento não está no lugar, mas está dentro de nós. Posso ir pra qualquer lugar do mundo, mas ele está lá, firme e forte.

E pra compensar, fiquei muito mal de saúde. Minha garganta inflamou, minha cabeça parecia que ia explodir, dei febre, dor no corpo... Tudo que eu precisava no dia do meu aniversário...rsrs

Não conseguia me levantar no dia seguinte e sabe o que recebi daquela pessoa? Uma mensagem no celular dizendo: Voltei com a garganta ruim de SP e não poderei ir ver os meninos este fds.

Que ótimo!!! Toma uma remedinho, meu bem e vai pra cama... Fica lá traquilinho e bem quentinho!! Porque a otária aqui, está com os mesmo sintomas, mas não posso sequer me deitar por alguns minutos, e tenho que sorrir para nossos filhos, dar comida, fazer mamadeira, dar banho, aguentar choro...

É... cada um tem aquilo que merece!!!

Sabe o que mais ouço? Pra eu deixar de ser vítima...
Vítima?? As pessoas são muito cruéis... Quantas vezes tenho que responder que, após 6 anos de relacionamento, uma pessoa planeja ter um 2º filho comigo e "me deixa à Deus dará", com uma criança de 04 anos e outra de 2 meses (na época) como se eu nem tivesse existido na vida dele?? Que até 3 meses antes do nosso bebê nascer, estávamos procurando apartamento para comprar?? Me trata hoje com tamanha indiferença que tenho até medo.

Em que momento das nossas vidas, nós nos perdemos??

E ainda tenho que conviver com isso!! Saber que fiquei com essa pessoa por tanto tempo, e que pra ela terminar, nem a família pesou na sua decisão. Que eu não fui importante o suficiente pra que houvesse um motivo pra tentativa. Nem os filhos foram motivos suficientes para uma tentativa. E que em menos de 6 meses de separação, sua vida já estava toda refeita, inclusive morando com outra pessoa... E eu, há 12 meses, apenas vivendo o meu luto! E saber que esse luto pelo qual estou passando, simplesmente não passa. Não em 6 meses como foi pra ele, e nem em 12 meses como está sendo pra mim. Será em quanto então?

1 Cométários que me fizeram feliz!:

Anônimo disse...

Querida Flávia,
Sei tanto como se sente...você não imagina como sei...
Mas o que posso lhe dizer nesse momento é que vai passar, ACREDITE, porque vai. Não se cobre isso agora, é cedo ainda. Você deve estar pensando: essa garota é louca, 12meses, um ano, é pouco? Não, não é pouco, é muiiiiito sofrimento, mas é pouco tempo. Lembre-se, vc viveu com ele 6 anos, fez planos pra uma vida inteira e quer esquecê-lo em 1 ano? Talvez, Flávia, você nunca o esqueça, afinal, tem dois pedacinhos dele com você, talvez seu sentimentos apenas se transformem. Mas cada um tem o SEU tempo. Os homens são mais objetivos, mais frios, por natureza. E mesmo nós mulheres, reagimos de forma diferente. Portanto, NÃO SE COBRE! Apenas tente não cultivar sentimentos ruins!
Um abraço e apareça lá no blog
Eri.

 
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